A Comunidade

Ao longo das margens do Rio Tietê, diversos povoados e fazendas se estabeleceram, dando origem a antigas trilhas. Pirapora, em particular, teve sua fundação enraizada no culto à imagem de Bom Jesus. Segundo a tradição, a imagem encontrada nas margens do Rio Tietê “escolheu” permanecer em Pirapora quando o carro de boi que a levaria para Santana de Parnaíba ficou imóvel, só seguindo em frente quando um mudo falou, indicando que ela deveria retornar à Pirapora.

Essa narrativa revela as duas características mais distintas dessa comunidade: sua religiosidade e a relação com o Rio Tietê. Ao atravessar a Região Metropolitana de São Paulo, o Tietê traz consigo o pior aspecto da modernidade: a poluição.

A cidade possui um total de 91 estabelecimentos, sendo apenas três indústrias de médio porte, o que acentua a predominância de comércios e serviços.

Nos últimos anos, Pirapora recebeu uma onda de migrantes, originários de diferentes estados brasileiros, como Bahia, Maranhão e Minas Gerais. Inicialmente, essas pessoas se estabeleceram na Região Metropolitana de São Paulo e, posteriormente, migraram para Pirapora atraídas pelas oportunidades de moradias populares em condições facilitadas. No entanto, a integração desses migrantes com os moradores tradicionais da cidade tem sido desafiadora, e isso gerou um aumento na demanda por serviços públicos.